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Entenda o shutdown e suas consequências nos EUA

 Na madrugada de 1º de outubro de 2025, os Estados Unidos entraram em um novo período de “shutdown” (paralisação parcial do governo federal), o primeiro desde 2018. A medida ocorreu porque o Congresso não conseguiu aprovar a lei de financiamento antes do início do novo ano fiscal. Com isso, centenas de milhares de servidores foram dispensados temporariamente ou seguem trabalhando sem remuneração.  Apenas serviços considerados essenciais, como defesa e controle de tráfego aéreo, continuam operando sob restrições.

O impasse tem origem na falta de acordo entre democratas e republicanos. Os democratas defendem a manutenção de subsídios de saúde e a proteção de programas sociais, enquanto os republicanos exigem um orçamento “limpo”, sem adições. Além disso, disputas sobre cortes de gastos, imigração e ajuda externa aprofundaram a polarização. O resultado foi o colapso das negociações e a paralisação de uma ampla rede de serviços públicos e programas federais.

Especialistas alertam que este shutdown pode ser mais grave que os anteriores, tanto pelo número de funcionários afetados quanto pela possibilidade de cortes permanentes em programas sociais. O impacto econômico é significativo, com estimativas de perda de até 15 bilhões de dólares por semana no PIB. A postura da administração Trump, que usa a paralisação como instrumento de pressão política por medidas de austeridade, amplia a incerteza e projeta uma crise de efeitos mais profundos e duradouros.

Casa Branca, sede do governo dos EUA.