Dólar dispara 2,38% e fecha a R$ 5,5031 nesta sexta-feira (10/10/2025), em sessão marcada por aversão ao risco: a moeda americana atingiu o maior valor desde o início de agosto e o mercado doméstico reagiu com cautela. O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, recuou 0,73% e encerrou o pregão aos 140.680 pontos, refletindo a saída de investidores de ativos mais arriscados diante do choque externo.
A volatilidade foi precipitada por novas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a imposição de tarifas adicionais — incluindo um aumento anunciado de até 100% sobre importações chinesas — e controles de exportação sobre tecnologias críticas, reação que ampliou temores sobre cadeias globais de suprimento (em especial após medidas chinesas sobre terras raras). A escalada nas tensões comerciais provocou forte aversão a risco em mercados internacionais e ajudou a pressionar tanto o real quanto as ações brasileiras.
Além do fator externo, o cenário doméstico também pesou: incertezas fiscais e rumores sobre medidas econômicas no Brasil reacenderam preocupações entre investidores, ampliando a pressão vendedora sobre a bolsa e sustentando a alta do dólar. Em conjunto, o choque externo e as dúvidas sobre a política econômica local explicam a combinação de dólar em alta e Ibovespa em baixa observada nesta sexta.

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