O governo federal vai autorizar recursos para novos deputados destinarem a obras em suas bases eleitorais em troca de apoio para a aprovação da reforma da Previdência. De acordo com o Estadão, o alvo são os parlamentares de primeiro mandato, 243 do total de 513. Igual estratégia será adotada no Senado, onde são 46 dos 81 são estreantes. O repasse individual deve ficar em torno de R$ 5 milhões, o que, incluindo deputados e senadores, resultará um total de R$ 1,4 bilhão. O governo sustenta que isso não é tomá lá, dá cá, porque o valor será liberado para todos novatos, independente de ser governista ou oposicionista.
Diz, ainda, o Estadão:
Apesar do discurso oficial contrário à barganha política, o Planalto também vai liberar cargos de segundo escalão, além das emendas e do crédito para parlamentares calouros. Trata-se de uma prática antiga, mas que vai na contramão da retórica de campanha. Ainda não se sabe, no entanto, se os repasses aos recém-eleitos ocorrerão por meio de crédito suplementar – modelo que necessita de aprovação do Congresso – ou se os valores serão remanejados dentro do próprio Orçamento.
“Não tem nada de diferente nisso. Se fosse toma lá, dá cá, os repasses seriam só para os deputados e senadores aliados, mas não é isso. Todos os novatos vão receber, independentemente de partidos, para colocar nas suas bases”, disse o secretário especial da Casa Civil para a Câmara, Carlos Manato. Ex-deputado, Manato afirmou que “isso é justiça”.
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