A rainha Elizabeth II convocou para esta segunda-feira (13) uma reunião de emergência com integrantes da família real britânica para discutir o futuro papel na monarquia dos duques de Sussex, Harry e Meghan.
De acordo com a imprensa britânica, será o primeiro "frente a frente" do príncipe Harry, de 35 anos, com a sua avó, depois de ter anunciado na quarta-feira (8) a vontade de ter sua "independência financeira" com a mulher Meghan, e de viver uma parte do ano na América do Norte.
Além de Harry, vão estar presentes na residência da rainha, em Sandringham, o príncipe William e o seu pai, o príncipe Charles, herdeiro da coroa, enquanto Meghan participará por telefone do Canadá, informou hoje um porta-voz do Palácio de Buckingham.
Harry e a mulher anunciaram a intenção de "recuar" dos deveres de membros seniores da família real do Reino Unido, para se tornarem financeiramente independentes. O Palácio de Buckingham disse que essas questões são complicadas.
"Depois de muitos meses de reflexão e discussões internas, decidimos fazer uma transição este ano para começarmos a construir um novo papel progressivo nesta instituição. Queremos recuar, enquanto membros seniores da família real [do Reino Unido] e trabalhar para nos tornarmos financeiramente independentes", declararam os duques de Sussex, em publicação no Instagram.
A mensagem acrescenta que os duques de Sussex vão dividir o tempo entre o Reino Unido e os Estados Unidos, de onde é natural a mulher do príncipe Harry, Meghan Markle.
Na reunião de amanhã vão ser analisados os próximos passos a serem tomados em relação aos duques e os planos que foram estudados, em coordenação com os funcionários do governo britânico e do Canadá, onde, ao que tudo indica, os duques querem estabelecer residência.
O inesperado anúncio de Harry e Meghan, que asseguram ter a intenção de "trabalhar para ser financeiramente independentes", provocou mal-estar entre o resto dos membros da monarquia e levantou dúvidas sobre as futuras fontes de financiamento dos duques.
Segundo a imprensa, prevê-se uma "atmosfera tensa" numa "família real ferida", que foi surpreendida pelo anúncio do casal, revivendo a memória da abdicação em 1936 do rei Eduardo VIII para casar com Wallis Simpson, uma norte-americana divorciada, como Meghan.
A rainha Elizabeth II, de 93 anos, pediu aos membros da família que encontrem rapidamente "uma solução" para o neto, sexto na sucessão, e a sua mulher.
Entre os assuntos da reunião, estará o valor da doação financeira que o príncipe Charles atribuirá ao casal, da reserva pessoal, que representa a maior parte do seu rendimento, bem como a questão dos títulos reais e o perímetro das transações comerciais que Harry e Meghan serão autorizados a fazer.
De acordo com o jornal The Guardian, Harry e Meghan receberam cerca de 5 milhões de libras (5,87 milhões de euros) em 2018-2019.
A notícia da intenção dos duques de Sussex causou inquietação pública e indignação, difundida pelos meios de comunicação social britânicos. Até o museu Madame Tussauds, em Londres, que exibe 250 estátuas de cera das grandes figuras do mundo, agiu rapidamente e separou Harry e Meghan do resto da família real.
*Emissora pública de televisão de Portugal
(CN com Abr.)
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