O ditador Nicolás Maduro usou os médicos cubanos que trabalham na Venezuela na campanha eleitoral em que se reelegeu, de modo fraudulento, e não conseguiu o reconhecimento da vitória na comunidade internacional. Os médicos eram obrigados a visitar bairros pobres, de casa em casa, para oferecer tratamento médico em troca de voto. Os profissionais também foram orientados a reservar oxigênio para o período mais próximo da eleição, o que levou pacientes à morte. A denúncia foi feitas por 16 médicos que se rebelaram contra o ditador e abandonaram a Venezuela.
Leia trecho de matéria do Estadão:
Reportagem do jornal The New York Times mostrou que o regime de Nicolás Maduro usou os médicos cubanos para coagir a população venezuelana com vistas a obter ganhos políticos na campanha pela reeleição. Maduro saiu vitorioso do pleito de maio do ano passado, mas a eleição não passou de um simulacro, o que levou a maioria dos países que compõem o Grupo de Lima, inclusive o Brasil, a não reconhecer sua legitimidade. A decisão foi acompanhada por Estados Unidos e União Europeia.
Yansnier Arias, um dos 16 médicos cubanos ouvidos pela reportagem, disse que recebeu ordens de seus superiores para não prestar socorro a um paciente que sofria de insuficiência cardíaca porque – pasme o leitor – os cilindros de oxigênio que deveriam ser usados no tratamento teriam de ser “reservados” para uso mais próximo da data da eleição. Os tanques de oxigênio, segundo seus superiores, seriam “uma arma política” da ditadura de Maduro. Arias deixou o programa e hoje trabalha no Chile.
Os médicos dissidentes relataram que foram obrigados a ir de casa em casa nos bairros mais pobres da Venezuela oferecendo remédios e advertindo os moradores de que estes poderiam deixar de receber cuidados médicos caso não votassem em Maduro e nos candidatos do Partido Socialista indicados pelo caudilho.
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