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Carros blindados usados têm grande procura no Brasil

Com a alta nas taxas de criminalidade, o mercado de “carros blindados” tem experimentado uma reviravolta: Antes considerados de venda para públicos específicos, os usados à prova de balas caíram no gosto da classe média. O preço dos velhinhos é o principal atrativo.

Blindados com três, cinco e até oito anos de uso têm valor semelhante aos mesmos modelos sem a blindagem. De acordo com pesquisas de preços de nacionais antigos blindados em revendas, encontrou-se modelos com Blindagem de nível 3A (o mais recomendado), pelo valor de um popular novo e com pequeno ou nenhum ágio em relação ao preço de mercado.

“Neste mês, tivemos um aumento de 30% na procura por usados blindados”, afirma Luís Henrique Moreschi, gerente comercial da “Steel Blindagens” e essa tendência vem desde meados do ano passado e ele também percebeu o aumento na procura pelos blindados, a partir da alta da criminalidade, desde agosto do ano passado, que registrou um crescimento no número de assaltos. Neste ano, a taxa de latrocínios (roubo seguido de morte) também cresceu em 40% dos casos, o alvo do criminoso é o veículo.

Ao comprar um blindado usado, porém, é preciso cuidado. “É importante buscar uma revendedora certificada. Também convém checar o veículo, pois o peso do equipamento e a falta de manutenção, provoca desgastes”, diz Luís Moreschi. É preciso ainda verificar a idoneidade da blindadora que fez a blindagem e o documento do carro tem de ter a indicação da blindagem”. O vidro não pode ter bolhas, pois é a parte mais cara da proteção e a deterioração do equipamento custa caro.

Proteção requer mudança de hábitos, pois muita gente que possui carro blindado e acaba assaltada por estar com os vidros abertos. Ele afirma que, mesmo em um veículo protegido, não se deve ostentar objetos de grande valor. A blindagem é considerada por especialistas um bom equipamento de segurança do veículo, mas não basta ter o carro à prova de balas. É preciso mudar o comportamento para que motoristas e passageiros fiquem, de fato, mais seguros. Uma proteção convencional, aguenta, em média, cinco tiros em um quadrado de 20 centímetros por 20 centímetros.

O Gerente da empresa afirma também que cresceu muito os números de mulheres a procura desse tipo de proteção e de acordo com pesquisa da Abrablin, revelou realmente o número crescente de mulheres a procura de blindagens: Hoje elas representaram 45% dos clientes das blindadoras, em 2013 a proporção de mulheres era de 35%. “Isso demonstra a tendência de o ganho de espaço das mulheres em altos cargos, pois a maioria dos clientes são executivos e empresários”, afirma Moreschi.

O Sr. Luís, comenta também que muitos clientes querem carros para proteger os filhos. “Como as crianças, em geral, trafegam mais com a mulher, o primeiro carro blindado do casal fica com a mãe”, afirma.

Maior dificuldade de veículos com mais de cinco anos de uso é o seguro, pois antes de decidir comprar um blindado, o interessado que pretende fazer seguro do carro deve pesquisar. Muitas empresas não oferecem a apólice. A garantia da blindagem também deve ser checada. Com dez anos de uso, a validade, em geral, expirou – o que não significa que o equipamento seja falho, mas a revisão é importante. É preciso ainda saber que o consumo do veículo é maior, pois a o carro com blindagem pesa de 150 a 250 quilos a mais do que o convencional. 72% das blindagens do país são feitas no estado de São Paulo. Fonte: Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem),

As empresas que produzem, comercializam ou realizam qualquer outra transação comercial de blindados precisam possuir o Certificado de Registro do Exército - CUIDADOS AO COMPRAR UM BLINDADO USADO. É preciso conferir se a blindagem foi realizada em todas as partes do veículo. Antes de efetuar a compra, suspensão e freios do carro devem ser observados. Verifique se há bolhas no vidro. O vidro blindado é formado por várias lâminas. O deslocamento provoca o surgimento dessas bolhas, o que reduz a resistência balística. Verifique se a blindadora que efetuou o serviço ainda existe. Se a empresa já tiver fechado, não há a quem recorrer em caso de defeito e CERTIFICADOS QUE A BLINDADORA TEM DE FORNECER.